Ao som de trilhas musicais, imagens de filmes e fatos importantes para a evolução cultural brasileira e comentários do jornalista Irineu Franco Perpétuo, a “São Paulo Big Band” conta a evolução da história da música e da arte, a partir do advento da Semana de Arte Moderna de 22.
As apresentações fazem parte do projeto Brasil 1922 a 2022, criado pelo iCult – Instituto de Cultura e Cidadania como parte dos eventos comemorativos do centenário da Semana de Arte Moderna de 1922.
A iniciativa faz parte do projeto Modernismo Hoje, idealizado pela Secretaria de Cultura e Economia Criativa do Estado de São Paulo com realização da Amigos da Arte.
A Semana de Arte Moderna
Realizada no Teatro Municipal de São Paulo, em 1922, a Semana de Arte Moderna foi um marco para o crescimento das artes no Brasil.
O objetivo foi renovar o ambiente artístico e cultural e mostrar o que havia na escultura, arquitetura, música e literatura brasileira do momento.
Ao longo desse centenário muita coisa mudou e para contextualizar essa evolução, o pianista e diretor geral e artístico Antonio Ribeiro criou o projeto que levará a evolução da história até os dias atuais em apresentações vespertinas, para alunos da rede pública, e noturnas, para o público.
“A proposta da participação da São Paulo Big Band no projeto é realizar uma viagem musical, através da linguagem áudio visual com viés cultural sobre a moda, arquitetura, artes plásticas, fatos históricos, filmes, música, cinema, literatura, dando uma visão do que aconteceu no país ao longo desses anos“, comenta Antonio Ribeiro.
São Paulo Big Band: Protagonista musical do Projeto Brasil 1922 a 2022
A São Paulo Big Band desempenha um papel central no Projeto Brasil 1922 a 2022, trazendo à vida a evolução da música brasileira ao longo do último século.
Fundada com o objetivo de resgatar e promover o rico patrimônio musical do Brasil, a banda é composta por músicos talentosos que se destacam em suas respectivas áreas.
Sob a direção artística e geral de Antonio Ribeiro, a São Paulo Big Band oferece uma experiência sonora que combina tradição e inovação, refletindo a diversidade e a riqueza cultural do país.
No contexto do projeto, a São Paulo Big Band não apenas executa peças musicais, mas também integra elementos audiovisuais e narrativos que ajudam a contextualizar cada período histórico abordado.
A banda realiza uma verdadeira viagem musical, começando com os sons e influências da Semana de Arte Moderna de 1922 e passando por diferentes épocas e estilos, incluindo o choro de Pixinguinha, as composições eruditas de Villa-Lobos, a Bossa Nova, o Tropicalismo e o rock dos anos 1980.
As apresentações são cuidadosamente planejadas para oferecer um panorama abrangente da evolução musical brasileira.
Utilizando arranjos originais e interpretações contemporâneas, a São Paulo Big Band consegue capturar a essência de cada período, ao mesmo tempo em que oferece uma nova perspectiva sobre as obras clássicas.
Essa abordagem permite que o público não apenas aprecie a música, mas também compreenda seu contexto histórico e cultural.
Valorização do patrimônio musical brasileiro
De obras de Vila-Lobos, Pixinguinha, a MPB dos anos 1960, o projeto passará pela história do rock brasileiro, marco nos anos 1980, entre outros ritmos e artistas consagrados, apresentando o patrimônio musical brasileiro.
“Despertar a nostalgia com músicas que fizeram parte da infância de cada um ou que marcaram época na memória emocional, o nosso objetivo é proporcionar uma imersão na própria história com alegria e nostalgia“, complementa Antonio Ribeiro.
Com apresentações duplas em cada cidade, a banda tem agenda para as primeiras apresentações nos dias 05 e 06 de novembro no Memorial da América Latina, no Auditório Simão Bolivar e duas apresentações no dia 19 de novembro em Santos e 10 de dezembro em Bertioga.
Também estão previstas apresentações em Sorocaba, Guarulhos, Piracicaba e São José do Rio Preto.
Para acompanhar a agenda de apresentações, basta acessar o site do projeto.
A influência da Semana de Arte Moderna na cultura brasileira
A Semana de Arte Moderna de 1922 foi um evento que transformou a cultura brasileira, influenciando diversas áreas artísticas e culturais.
Realizada entre os dias 13 e 18 de fevereiro no Teatro Municipal de São Paulo, a semana contou com a participação de artistas renomados como Mário de Andrade, Oswald de Andrade, Tarsila do Amaral, Victor Brecheret e Anita Malfatti.
A proposta era romper com as tradições acadêmicas e introduzir novas formas de expressão artística, alinhadas com as vanguardas europeias da época.
A influência da Semana de Arte Moderna se estendeu por décadas, impactando a literatura, a música, as artes plásticas e a arquitetura.
No campo da literatura, por exemplo, o movimento modernista trouxe uma linguagem mais coloquial e próxima da realidade brasileira, como visto nas obras de Mário de Andrade e Oswald de Andrade.
Na música, Heitor Villa-Lobos incorporou elementos do folclore brasileiro em suas composições, criando uma identidade musical única.
Essa revolução cultural também se refletiu na arquitetura, com a adoção de linhas mais simples e funcionais, e nas artes plásticas, com a valorização de temas e cores nacionais.
A Semana de Arte Moderna não apenas renovou o cenário artístico brasileiro, mas também abriu caminho para novas manifestações culturais ao longo do século XX.
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