Facebook trabalha na construção do “metaverso”

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Nesta segunda-feira (26), o Facebook anunciou a criação de um time dedicado ao “metaverso”, um “metauniverso” onde o mundo virtual e a realidade se fundem.

Segundo Mark Zuckerberg, o metaverso é o futuro da rede social. “Minha expectativa é de que, em cerca de cinco anos, as pessoas nos vejam, antes de tudo, como uma empresa de metaverso”, disse o fundador da rede social ao portal The Verge.

A nova ambição da empresa irá depender da a Facebook Reality Labs (FRL), sua divisão de realidade virtual e realidade aumentada, chefiada por Andrew Bosworth.

Para a missão, a empresa recrutou especialistas do Facebook Gaming, Oculus e Instagram.

“A fim de alcançar nossa visão de metaverso, precisamos construir o tecido que conecta os diferentes espaços digitais, para superar as limitações físicas e podermos nos deslocar entre os mesmos com a mesma facilidade que nos movemos pelos cômodos de uma casa”, explicou Zuckerberg hoje em seu perfil no Facebook.

Entendendo o Metaverso

O metaverso designa um espaço cibernético paralelo à realidade física, no qual uma comunidade de pessoas pode interagir na forma de avatares.

O conceito foi desenvolvido pelo autor Neal Stephenson em um romance de ficção científica. Segundo Zuckerberg, o metaverso será o sucessor da internet móvel.

Oportunidades no Metaverso

Com a criação do metaverso, o Facebook não apenas se posiciona na fronteira da inovação tecnológica, mas também abre novas oportunidades econômicas.

Este universo digital pode transformar diversas indústrias, desde o entretenimento até o comércio eletrônico.

Empresas de diferentes setores já estão de olho nas possibilidades oferecidas pelo metaverso.

Por exemplo, marcas de moda podem criar lojas virtuais onde os avatares dos usuários experimentam roupas antes de comprar.

Além disso, o setor imobiliário pode se beneficiar com a venda de propriedades virtuais, enquanto o mercado de trabalho pode ver um aumento em empregos relacionados à realidade virtual e aumentada.

Estudos indicam que o metaverso pode gerar bilhões de dólares em receita nos próximos anos.

O impacto econômico pode ser comparado ao surgimento da internet nos anos 90, que criou inúmeras oportunidades de negócios e empregos.

Para acompanhar essa tendência, empresas e profissionais precisam se adaptar e adquirir novas habilidades tecnológicas.

Desafios e considerações éticas

Embora o metaverso traga muitas oportunidades, também levanta questões éticas e desafios técnicos.

A privacidade dos usuários é uma preocupação central. Com a integração de realidade virtual e aumentada, o Facebook terá acesso a uma quantidade maior de dados pessoais, aumentando o risco de violações de privacidade.

Outro ponto de atenção é a segurança digital. À medida que o metaverso se expande, a proteção contra ataques cibernéticos se torna ainda mais crucial.

Empresas de segurança digital terão um papel fundamental na criação de um ambiente seguro para os usuários.

Além disso, existe a questão da acessibilidade. Para que o metaverso seja verdadeiramente inclusivo, é necessário garantir que pessoas de diferentes origens e condições socioeconômicas possam participar.

Isso envolve desde o custo de dispositivos de realidade virtual até a disponibilidade de uma conexão de internet de alta velocidade.